Sim, é. O importante, contudo, no que respeita a créditos em curso, tenham eles sido contratados para adquirir automóvel, formação, viagens ou qualquer outro motivo, é perceber se a respetiva prestação, somada à prestação da habitação, quando comparada com os rendimentos mensais líquidos, é ou não comportável.

No caso 6, foi explicado o conceito de taxa de esforço, pelo que se relembra o leitor que o valor da prestação atual, acrescido do valor da prestação de crédito à habitação, dividido pelo valor dos rendimentos mensais, deve situar-se idealmente entre cerca de 30% e no limite dos limites em 50% do salário líquido, que se aufere.

No entanto, é preciso considerar que o crédito automóvel, habitualmente, tem um curto prazo de amortização, mas um valor elevado de prestação, quase sempre ao nível daquele que será o montante da própria prestação do CH, pelo que se deverá ponderar usar poupanças para liquidar, antecipadamente, o crédito automóvel e iniciar o processo de CH sem qualquer encargo, sobretudo em casos onde a taxa de esforço exceder os 30%/35%, podendo por em causa a aprovação do empréstimo.