Financiamento de casa para arrendamento

Pensar em comprar um imóvel para depois arrendar, exige que se tome algumas precauções: ter poupanças relevantes para garantir que, se o seu inquilino deixar de pagar, se não conseguir arrendar o imóvel durante algum tempo ou até se os juros subirem relevantemente, se consiga pagar a prestação com os outros rendimentos.

Os bancos, habitualmente, calculam de forma diferente os rácios para efeitos de aprovação. Baseiam-se no rendimento que vai ser obtido com o arrendamento, obviamente deduzido do imposto sobre o rendimento e de outras despesas fixas como o custo de condomínio.

É normal, também, que os bancos só financiem 70%, no máximo 80% do valor da aquisição e/ou da avaliação. Neste contexto, antes de se ir o banco, deve-se reunir a documentação que demonstre por quanto se pensa arrendar o imóvel, nomeadamente e comparando com anúncios que possam existir de arrendamento na zona onde se vai adquirir o imóvel, ou no limite, se já tiver um inquilino em vista, ou um eventual contrato promessa de arrendamento.

Embora seja, normalmente, fácil obter um empréstimo desta natureza, poder-se-á ter a tentação de o fazer para múltiplas habitações / financiamentos, porque se pode ganhar entusiasmo por ser fácil obter financiamento e conseguir com facilidade cobrir a prestação com o valor do arrendamento. É bom que se tenham presente os riscos mencionados no início deste caso, pois em crises relevantes, como a crise de 2008, em que pessoas com múltiplos financiamentos foram surpreendidas com aumento relevante da prestação, pelo aumento de juros, e, sobretudo, pelo aumento do desemprego, levando a uma queda abrupta de rendimentos e, consequentemente, a insolvências pessoais, em larga escala.

Neste contexto, para não haver surpresas, a solução é optar por taxas fixas no Crédito à Habitação.

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