O tipo de vínculo profissional continua a ser muito relevante em Portugal, para que um banco aprove o crédito.

Progressivamente, os bancos vão ficando mais sensíveis à formação e percurso profissional, ou seja, às competências, mas ainda assim, vínculo laboral de efetividade é muito importante e sem ele torna-se difícil a aprovação de um crédito.

Os vínculos têm significados bem diferentes:

Efetivo/sem termo/indeterminado – Designações relativamente recentes e que significam, na prática, o contrato de trabalho que tem mais estabilidade, em Portugal. A entidade patronal só pode despedir o trabalhador por motivo de força maior, como eliminação do posto de trabalho desempenhado, absentismo injustificado, etc.

Este é o tipo de contrato que os bancos mais gostam, para aprovar um crédito.

Período experimental – O período experimental está, normalmente, associado aos contratos acima mencionados. Como este tipo de vínculo é robusto, é normal que as empresas se queiram proteger com a existência de um período inicial, em que podem rescindir com o trabalhador, alegando, por exemplo, que este não se adaptou ao posto de trabalho.

A prazo certo ou incerto – É usado pelas empresas para contratar pessoas, para atividades específicas e que podem ou não se prolongar no tempo. Se o contrato for da tipologia a termo certo, significa que já tem uma data no mesmo, indicando para o seu términus, podendo ou não ser prolongado. Se se tratar de um contrato a termo incerto, significa que não tem um termo para acabar, mas difere do tipo de contrato que vimos antes, porque mesmo não tendo um termo, está definido à partida que este vai terminar quando terminar o respetivo projeto na empresa. Estes contratos têm bem menos segurança e estabilidade a longo prazo, pelo que os bancos podem colocar algumas reticências na aprovação do crédito.

Sazonal ou de muita curta duração – Como o próprio nome indica, usado para casos muito específicos, tarefas com “dias contados”, por exemplo, apanhar fruta durante um mês específico. Este tipo de contrato é ainda menos robusto que o anterior. Os bancos consideram-no muito frágil. Geralmente, as pessoas que estão disponíveis para este tipo de contrato, acabam por oscilar entre estes e o subsídio de desemprego.